Saturday, May 30, 2020

Com o processo de redemocratizao - Free Essay Example

1 INTRODUà §Ãƒ £O Com o processo de redemocratizaà §Ãƒ £o do Paà ­s, na dà ©cada de 80, a sociedade civil realizou forte movimento social para a universalizaà §Ãƒ £o do acesso à   saà ºde e o reconhecimento deste princà ­pio enquanto direito do cidadà £o e dever do Estado. Ocorreu, concomitantemente, o debate em torno do dimensionamento e desempenho do trabalho em saà ºde e da ausà ªncia de uma polà ­tica de recursos humanos no setor (SAYD, VIEIRA Jà ºNIOR, VELANDIA, 1998). O Sistema à ºnico de Saà ºde (SUS) nasceu com a Constituià §Ãƒ £o Federal (CF) de 1988, baseado nos princà ­pios da universalidade, equidade, integralidade, descentralizaà §Ãƒ £o, regionalizaà §Ãƒ £o, hierarquizaà §Ãƒ £o e participaà §Ãƒ £o popular (BRASIL, 1990). A partir da segunda metade da dà ©cada de 90, com a reforma estrutural do Estado, passou-se a adotar uma polà ­tica de flexibilizaà §Ãƒ £o, inclusive no SUS. Acontecia o processo da descentralizaà §Ãƒ £o da saà ºde, onde os municà ­pios apresentaram um crescimento do nà ºmero de postos de trabalho em saà ºde, utilizando-se de diversas modalidades de vinculaà §Ãƒ £o dos trabalhadores (SILVA SILVA, 2008). O conceito de precariedade dos và ­nculos de trabalho nà £o apresenta consenso. Neste estudo, adotou-se sua relaà §Ãƒ £o com a nà £o garantia dos direitos trabalhistas e previdencià ¡rios, consagrados em lei, associada à   forma de ingresso no servià §o pà ºblico por meios outros que nà £o concurso pà ºblico ou processo seletivo pà ºblico, conforme adotam as Entidades Sindicais que representam os trabalhadores do SUS no Comità ª Nacional Interinstitucional de Desprecarizaà §Ãƒ £o do Trabalho no SUS. O Programa de Saà ºde da Famà ­lia surge neste momen to histà ³rico, e os và ­nculos de trabalho estabelecidos na inserà §Ãƒ £o da maioria dos trabalhadores à © exemplo emblemà ¡tico da utilizaà §Ãƒ £o de formas contratuais precà ¡rias (VARELA PIERANTONI, 2008). Para fins de normatizaà §Ãƒ £o, utilizaremos somente o termo Estratà ©gia de Saà ºde da Famà ­lia (ESF). Và ­nculos precà ¡rios està £o associados a uma maior susceptibilidade do trabalhador da saà ºde à   instabilidade polà ­tica e à   concorrà ªncia danosa entre municà ­pios que possuem dificuldade de fixaà §Ãƒ £o do profissional da saà ºde (CAMPOS, MACHADO, GIRARDI, 2009). Associada à   rotatividade dos profissionais està ¡ a quebra do và ­nculo com a comunidade, o comprometimento da qualidade e continuidade da assistà ªncia (que à © um dos princà ­pios da ESF). Mendes (2002 apud BARBOSA RODRIGUES, 2006) relata que a inseguranà §a gerada pela contrataà §Ãƒ £o temporà ¡ria està ¡ ligada à   procura por empregos mà ºltiplos, obstà ¡culo considerà ¡vel à   dedicaà §Ãƒ £o em tempo integral necessà ¡ria na ESF. Desta maneira, as formas de contrataà §Ãƒ £o nà £o-està ¡veis contrariam a filosofia da ESF e seus princà ­pios ordenadores (CAMPOS, MACHADO, GIRARDI, 2009; BARBOSA et al., 2009). Considerado estratà ©gia priorità ¡ria na reorganizaà §Ãƒ £o da atenà §Ãƒ £o à   saà ºde no paà ­s (BRASIL, 2007a), a expansà £o de cobertura da Saà ºde da Famà ­lia tem sido motivada pelo Governo Federal (MENDONà §A, 2009), o que acarreta uma expansà £o do mercado de trabalho para và ¡rias categorias profissionais e crescente desafio para a gestà £o da forà §a de trabalho (PIERANTONI, 2001). A contrataà §Ãƒ £o de profissionais capacitados e dedicados ao atendimento a populaà §Ãƒ £o à © ponto fundamental para o fortalecimento da Estratà ©gia Saà ºde da Famà ­lia. Este estudo, atravà ©s de uma revisà £o da literatura, busca uma reflexà £o sobre a importà ¢ncia dos và ­nculos de trabalho estabele cidos com a forà §a de trabalho das equipes de Saà ºde da Famà ­lia na implementaà §Ãƒ £o desta estratà ©gia, de forma a respeitar seus princà ­pios e alcanà §ar a consolidaà §Ãƒ £o do SUS. 2 METODOLOGIA O presente estudo pretende realizar revisà £o da literatura do tema precarizaà §Ãƒ £o do trabalho, em especà ­fico os và ­nculos/formas de contrataà §Ãƒ £o estabelecidos nas equipes da Estratà ©gia Saà ºde da Famà ­lia. A Biblioteca Virtual de Saà ºde (https://www.bireme.br) foi fonte primà ¡ria. Utilizou-se na consulta as seguintes palavras-chave: precarizaà §Ãƒ £o do trabalho; flexibilizaà §Ãƒ £o do trabalho; recursos humanos em saà ºde e saà ºde da famà ­lia. Para as palavras-chave precarizaà §Ãƒ £o do trabalho e flexibilizaà §Ãƒ £o do trabalho, foram encontrados 48 e 50 trabalhos respectivamente. No entanto, quando associadas com a palavra-chave Saà ºde da Famà ­lia, foi encontrado somente 01 trabalho para cada caso. Quando associadas as palavras-chave recursos humanos em saà ºde e Saà ºde da Famà ­lia, foram encontrados apenas trà ªs trabalhos. Foram selecionados artigos e monografias que abordassem o histà ³rico do tema e/ou abordassem os và ­nc ulos/formas de contrataà §Ãƒ £o estabelecidos na Saà ºde da Famà ­lia. Alà ©m disso, uma busca com os mesmo crità ©rios foi realizada nas publicaà §Ãƒ µes do Ministà ©rio da Saà ºde, da Rede de Observatà ³rio de Recursos Humanos em Saà ºde e do Conselho Nacional de Secretà ¡rios de Saà ºde (CONASS). O perà ­odo considerado da publicaà §Ãƒ £o foi do ano de 1998 a 2009. 3 Atenà §Ãƒ £o Primà ¡ria à   Saà ºde e Estratà ©gia Saà ºde da Famà ­lia A Conferà ªncia de Alma-Ata sobre Cuidados Primà ¡rios de Saà ºde (1978), realizada no Canadà ¡, foi um marco internacional na questà £o da eqà ¼idade em saà ºde e da atenà §Ãƒ £o primà ¡ria, considerada primeiro elemento do processo de atenà §Ãƒ £o continuada à   saà ºde. No Brasil, o termo adotado foi atenà §Ãƒ £o bà ¡sica em saà ºde (BRASIL, 2007a). A Polà ­tica Nacional de Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica (PNAB) define por Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica: [] um conjunto de aà §Ãƒ µes de saà ºde, no à ¢mbito individual e coletivo, que abrangem a promoà §Ãƒ £o e a proteà §Ãƒ £o da saà ºde, a prevenà §Ãƒ £o de agravos, o diagnà ³stico, o tratamento, a reabilitaà §Ãƒ £o e a manutenà §Ãƒ £o da saà ºde. à © desenvolvida por meio do exercà ­cio de prà ¡ticas gerenciais e sanità ¡rias democrà ¡ticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populaà §Ãƒ µes de territà ³rios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanità ¡ria, c onsiderando a dinamicidade existente no territà ³rio em que vivem essas populaà §Ãƒ µes. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saà ºde de maior freqà ¼Ãƒ ªncia e relevà ¢ncia em seu territà ³rio. à © o contato preferencial dos usuà ¡rios com os sistemas de saà ºde. Orienta-se pelos princà ­pios da universalidade, da acessibilidade e da coordenaà §Ãƒ £o do cuidado, do và ­nculo e continuidade, da integralidade, da responsabilizaà §Ãƒ £o, da humanizaà §Ãƒ £o, da equidade e da participaà §Ãƒ £o social. (BRASIL, 2007a, p.12). Na organizaà §Ãƒ £o da atenà §Ãƒ £o bà ¡sica, experià ªncias exitosas de alguns municà ­pios brasileiros como Montes Claros-MG, Londrina-PR e Campinas-SP fundamentaram as bases conceituais, tà ©cnicas e ideolà ³gicas do Programa dos Agentes Comunità ¡rios de Saà ºde (PACS), criado em 1991, e Programa de Saà ºde da Famà ­lia (criado em 1994) (SOUSA HAMANN, 2009). O Piso de Aten à §Ãƒ £o Bà ¡sica, que repassa recursos federais de forma per capita aos municà ­pios, alterou a là ³gica do pagamento por produà §Ãƒ £o que dava à ªnfase ao financiamento da doenà §a (SOUSA HAMANN, 2009). Sua implantaà §Ãƒ £o, em 1998, funcionou como incentivo para expansà £o acelerada da adesà £o dos municà ­pios à  s estratà ©gias PACS e ESF (MENDONà §A, 2009; SOUSA HAMANN, 2009). O Ministà ©rio da Saà ºde reconheceu, em 1998, a Saà ºde da Famà ­lia como estratà ©gia priorità ¡ria para organizaà §Ãƒ £o da Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica. As equipes de Saà ºde da Famà ­lia sà £o compostas por, no mà ­nimo, mà ©dico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou tà ©cnico de enfermagem e agentes comunità ¡rios de saà ºde (ACS), responsà ¡veis por uma populaà §Ãƒ £o adscrita de, em mà ©dia, 3.000 habitantes, cumprindo jornada de trabalho de quarenta horas semanais (SOUSA HAMANN, 2009). Apenas em 2001, foram incorporadas equipes de saà ºde bucal (ESB) à   ESF com o objetivo de melhorar o acesso e os à ­ndices de saà ºde bucal da populaà §Ãƒ £o brasileira. Duas modalidades de ESB foram definidas: modalidade I (um cirurgià £o-dentista e um atendente de consultà ³rio dentà ¡rio) e modalidade II (um cirurgià £o-dentista, um atendente de consultà ³rio dentà ¡rio e um tà ©cnico em higiene dental) (LOURENà §O et al., 2009). Ao final de 1994 eram 328 ESF e 29 mil ACS atuando no Brasil; em junho de 2009, alcanà §ou-se 29.545 ESF, 229.066 ACS, 18.049 ESB (BRASIL, 2009). Por outro lado, um artigo atribui o atraso encontrado na implantaà §Ãƒ £o do PSF em municà ­pios com mais de 500 mil habitantes à   inadequaà §Ãƒ £o da formaà §Ãƒ £o pregressa dos profissionais de saà ºde ao novo modelo, à   infraestrutura humana e financeira previamente instalada e à   presenà §a de problemas decorrentes da urbanizaà §Ãƒ £o (à ¡reas de risco como favelas, onde hà ¡ forà §as paralelas de poder e condià §Ãƒ µes inadequadas de saneamento e moradia) (CAMPOS, AGUIAR, OLIVEIRA, 2002). Pensando no enfrentamento desta realidade, desde 2003, o Ministà ©rio da Saà ºde executa o Projeto de Expansà £o e Consolidaà §Ãƒ £o da Saà ºde da Famà ­lia (Proesf) para estimular a reorientaà §Ãƒ £o do modelo de atenà §Ãƒ £o nos grandes centros urbanos (SOUSA HAMANN, 2009). Em 2006, à © instituà ­do o Pacto pela Saà ºde a fim de aumentar a eficià ªncia e qualidade do SUS. O Pacto estabelece reformas institucionais no SUS e redefine as responsabilidades dos gestores em funà §Ãƒ £o das necessidades de saà ºde da populaà §Ãƒ £o. No que se refere à   implantaà §Ãƒ £o da Polà ­tica Nacional de Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica, ampliou o escopo da atenà §Ãƒ £o bà ¡sica e reafirmou a Saà ºde da Famà ­lia enquanto estratà ©gia priorità ¡ria, recomendando o aumento gradativo das equipes (BRASIL, 2007a). Com o intuito de ampliar a capacidade resolutiva e a qualidade da atenà §Ãƒ £o bà ¡sica, em 2008, foi criado o Nà ºcleo de Apoio à   Saà ºde da Famà ­lia (NASF), constituà ­do por profissionais de diferentes à ¡reas do conhecimento para atuar em parceria com os profissionais da equipe de Saà ºde da famà ­lia (MENDONà §A, 2009). No mesmo ano, dois novos fatos merecem destaque. O Programa Mais Saà ºde: Direito de todos ou o Programa de Aceleraà §Ãƒ £o do Crescimento da Saà ºde polà ­tica de saà ºde do segundo governo do Presidente Lula inclui a Saà ºde da Famà ­lia como um dos eixos centrais com meta de cobertura de 70% da populaà §Ãƒ £o atà © 2011 (MENDONà §A, 2009) e prioriza as aà §Ãƒ µes de fortalecimento da gestà £o, ampliaà §Ãƒ £o e qualificaà §Ãƒ £o da forà §a de trabalho em saà ºde para atender à  s necessidades do SUS (BRASIL, 2008b). Outro fato à © a publicaà §Ãƒ £o do relatà ³rio anual da Organizaà §Ãƒ £o Mundial de Saà ºde (OMS), â€Å"Atenà §Ãƒ £o Primà ¡ria à   Saà ºde agora mais do que nunca†, menciona o Programa Saà ºde da Famà ­lia e os Observatà ³rios de Recursos Humanos em Saà ºde brasileiros como aà §Ãƒ µes bem-sucedidas a serem seguidas por outros paà ­ses. Segunda a OMS, os Observatà ³rios fornecem pesquisas e sistematizaà §Ãƒ £o de informaà §Ãƒ µes que subsidiam a formulaà §Ãƒ £o de polà ­ticas de saà ºde, iniciativa que apresenta bons resultados. O relatà ³rio aconselha que os sistemas de saà ºde tenham a populaà §Ãƒ £o como foco (MENDONà §A, 2009; WHO, 2008). No modelo brasileiro, a Estratà ©gia Saà ºde da Famà ­lia tem peculiaridades. Alà ©m de se basear nas idà ©ias internacionais de Atenà §Ãƒ £o Primà ¡ria à   Saà ºde (APS) e integralidade da atenà §Ãƒ £o à   saà ºde, pressupà µe o trabalho multiprofissional com uma equipe formalmente instituà ­da (CAMPOS, AGUIAR, OLIVEIRA, 2002). Outros princà ­pios importantes do PSF sà £o: adscrià §Ãƒ £o de clientela, territorializaà §Ãƒ £o, diagnà ³stico situacional de saà ºde da populaà §Ãƒ £o e planejamento baseado na realidad e local (MENDONà §A, 2009). Paà ­ses que adotaram a APS apresentam melhores resultados em saà ºde, como menor nà ºmero de hospitalizaà §Ãƒ µes, menor nà ºmero de consultas para determinado problema, menor quantidade de exames complementares, menores custos, alà ©m da maior possibilidade de aà §Ãƒ µes de prevenà §Ãƒ £o, maior adesà £o aos tratamentos, maior satisfaà §Ãƒ £o dos usuà ¡rios e maior equidade (MENDONà §A, 2009; WHO, 2008). No Brasil, segundo o Ministà ©rio da Saà ºde (Nota Tà ©cnica, 2009), pesquisas apontam que com a ESF houve melhoria da saà ºde materno-infantil com reduà §Ãƒ £o da mortalidade infantil e da desnutrià §Ãƒ £o protà ©ico-calà ³rica, reduà §Ãƒ £o do nà ºmero de gestantes sem prà ©-natal, ampliaà §Ãƒ £o da oferta de exames preventivos de cà ¢ncer de colo de à ºtero, aumento da cobertura de aleitamento materno; promoà §Ãƒ £o da eqà ¼idade; aumento da cobertura vacinal; reduà §Ãƒ £o de internaà §Ãƒ µes hospitalares por condià §Ãƒ µes sensà ­veis à   Atenà §Ãƒ £o Primà ¡ria à   Saà ºde e aumento na oferta de procedimentos odontolà ³gicos (MENDONà §A, 2009). No entanto, a APS e ESF tambà ©m possuem suas fragilidades. Apesar da ESF ter como objetivo a substituià §Ãƒ £o ou conversà £o do modelo tradicional de assistà ªncia à   saà ºde hospitalocà ªntrico, com atendimento da demanda espontà ¢nea, eminentemente curativo observa-se que este co-existe com o novo modelo preconizado de promoà §Ãƒ £o da saà ºde. As Redes de Atenà §Ãƒ £o à   Saà ºde ainda sà £o desarticuladas, com dificuldades no funcionamento do sistema de referà ªncia e contra-referà ªncia. Os recursos orà §amentà ¡rios da atenà §Ãƒ £o especializada superam os da APS, uma inversà £o da là ³gica global de financiamento do sistema. As equipes da ESF deparam-se por vezes com uma infraestrutura material deficiente e inadequada e sobrecarga no atendimento clà ­nico, que dificulta o planejamento e a avaliaà §Ãƒ £o do processo de trabalho (MENDONà §A, 2009; SOUSA HAMANN, 2009; CONASS, 2009). Outra fragilidade apontada pelos gestores à © a elevada rotatividade dos profissionais da equipe, em especial o mà ©dico, ausente em um nà ºmero significativo de equipes. A falta de profissionais com formaà §Ãƒ £o e perfil adequados para realizar a atenà §Ãƒ £o integral à   saà ºde do indivà ­duo tem sido consensual. à © necessà ¡ria a capacitaà §Ãƒ £o, formaà §Ãƒ £o e educaà §Ãƒ £o permanente em larga escala destes profissionais e dos gestores do SUS (MENDONà §A, 2009; SOUSA HAMANN, 2009; CONASS, 2009; CAMPOS, AGUIAR, OLIVEIRA, 2002). O Governo Federal, com o objetivo de atender as necessidades de formaà §Ãƒ £o e educaà §Ãƒ £o permanente do SUS, por meio da Secretaria de Gestà £o do Trabalho e da Educaà §Ãƒ £o na Saà ºde (SGTES), lanà §ou em junho de 2008 a Universidade Aberta do SUS. Sua primeira aà §Ãƒ £o foi a oferta do curso de especializaà §Ãƒ £o em Saà ºde da Famà ­lia para mà ©dicos, dentistas e enfermeiros das ESF, na modalidade à   distà ¢ncia, com meta de atingir, atà © 2011, mais de 52 mil profissionais (UNASUS, 2009). Em relaà §Ãƒ £o à   Gestà £o do Trabalho do SUS, especificamente a contrataà §Ãƒ £o dos profissionais da equipe de Saà ºde da Famà ­lia, verifica-se uma grande precarizaà §Ãƒ £o das relaà §Ãƒ µes de trabalho. Os profissionais ficam sujeitos à   instabilidade polà ­tica, diferenà §as entre governos que se sucedem no poder, lei da oferta e da procura e disputa predatà ³ria entre os municà ­pios, o que compromete sua dedicaà §Ãƒ £o. A rotatividade dos profissionais, mencionada anteriormente, tem relaà §Ãƒ £o direta com os và ­nculos empregatà ­cios estabelecidos. Dentre os danos causados aos usuà ¡rios perpassam o rompimento do và ­nculo entre profissional e populaà §Ãƒ £o adscrita e a descontinuidade da assistà ªncia (LOURENà §O et al, 2009; BARBOSA et al., 2009; BARBOSA RODRIGUES, 2006; CAMPOS, 200 5; MACHADO, 2005; BRASIL, 2004). 4 Gestà £o do Trabalho em Saà ºde: um histà ³rico Na dà ©cada de 90, duas agendas distintas e contradità ³rias aconteceram simultaneamente. Por um lado, o arcabouà §o do SUS estava sendo construà ­do, com a descentralizaà §Ãƒ £o da atenà §Ãƒ £o à   saà ºde e o conseqà ¼ente aumento da forà §a de trabalho do setor pà ºblico da saà ºde nos estados e municà ­pios; por outro, ocorria o movimento de reduà §Ãƒ £o dos gastos do Estado representado pela Reforma Administrativa. Para o mercado de trabalho brasileiro, a dà ©cada de 90 foi de desemprego, flexibilizaà §Ãƒ £o do mercado e aumento do trabalho informal. Na à ¡rea da saà ºde, a reforma tambà ©m exigia o aumento da eficià ªncia e a reduà §Ãƒ £o dos custos. Como a maior parte dos custos encontrava-se nas despesas com pessoal, para equacionar o problema, houve ausà ªncia de investimento em capacitaà §Ãƒ £o e treinamento, e a adoà §Ãƒ £o de relaà §Ãƒ µes trabalhistas precà ¡rias (KOSTER, 2008; BARBOSA RODRIGUES, 2006; DAL POZ, 2002). Machado (2005, p. 277) a firma que â€Å"sem dà ºvida, a dà ©cada de 90 pode ser denominada dà ©cada perdida para os recursos humanos em saà ºde†. Uma peculiaridade observada no setor saà ºde foi o fato da incorporaà §Ãƒ £o tecnolà ³gica nà £o ter acarretado reduà §Ãƒ £o dos postos de trabalho, mas sim um aumento da demanda por novas ocupaà §Ãƒ µes (VARELLA PIERANTONI, 2008; MACHADO, 2005; SAYD, VIEIRA Jà ºNIOR, VELANDIA, 1998). Portanto, houve um crescimento do emprego, sendo o SUS considerado seu propulsor. Em 1980, eram cerca de 570 mil empregos; em 2005, o nà ºmero ultrapassava 2,5 milhà µes (CAMPOS, MACHADO, GIRARDI, 2009). Segundo Campos, Machado, Girardi (2009), nas dà ©cadas de 1980 e 1990, houve tambà ©m uma proliferaà §Ãƒ £o do nà ºmero de municà ­pios no Brasil; em 50 anos, o nà ºmero dobrou. Porà ©m, esta proliferaà §Ãƒ £o nà £o foi acompanhada do desenvolvimento econà ´mico e social sustentà ¡vel nesta esfera de governo, afetando as formas de inserà §Ãƒ £o dos profissionais de saà ºde no processo de descentralizaà §Ãƒ £o/municipalizaà §Ãƒ £o do SUS, que ocorreu no inà ­cio dos anos 90 (CAMPOS, MACHADO, GIRARDI, 2009). Em 1980, as Secretarias Municipais de Saà ºde eram responsà ¡veis pelos và ­nculos de trabalho de 16,2% da forà §a de trabalho do servià §o pà ºblico de saà ºde; vinte e cinco anos depois, este nà ºmero saltou para 68,8%. A pesquisa â€Å"Perfil dos Mà ©dicos e Enfermeiros de Saà ºde da Famà ­lia no Brasil† evidenciou que cerca de 70% dos municà ­pios com equipes de Saà ºde da Famà ­lia possuà ­am menos de 50 mil habitantes (MACHADO, 2000 apud CAMPOS, AGUIAR, OLIVEIRA, 2002). No que concerne à   evoluà §Ãƒ £o histà ³rica da construà §Ãƒ £o de uma polà ­tica voltada para a à ¡rea de recursos humanos em saà ºde, a 8 ª. Conferà ªncia Nacional de Saà ºde (1986) pode ser tomada como um marco. Foram apontadas questà µes como estabilidade no servià §o pà ºblico, remuneraà §Ãƒ £o e concurso para o trabalhador da saà ºde. Estas propostas foram melhor sistematizadas na 1 ª Conferà ªncia Nacional de Recursos Humanos para a Saà ºde (CNRHS) que ocorreu no mesmo ano. No ano seguinte, o Ministà ©rio da Saà ºde, em cooperaà §Ãƒ £o com a Organizaà §Ãƒ £o Pan-Americana de Saà ºde, realizou o Seminà ¡rio Nacional Polà ­tica de Recursos Humanos para o SUS com o objetivo de ampliar a discussà £o sobre os desdobramentos do processo da Reforma Sanità ¡ria na à ¡rea (CONASS, 2009; BRASIL, 2005a). Os temas discutidos na 1 ª CNRHS sà £o ainda hoje problematizados: a desigualdade nas condià §Ãƒ µes de inserà §Ãƒ £o no mercado de trabalho, a distribuià §Ãƒ £o geogrà ¡fico-espacial dos recursos humanos, a composià §Ãƒ £o das equipes de saà ºde, a valorizaà §Ãƒ £o do profissional e a formaà §Ãƒ £o de recursos humanos para a à ¡rea da saà ºde (SAYD, VIEIRA Jà ºNIOR, VELANDIA, 1998). Na dà ©cada de 90, a Lei 8.080/90 dispà µe sobre a polà ­tica de recursos humanos em saà ºde no art. 27, afirmando que à © formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo (BRASIL, 1990). No entanto, somente seis anos mais tarde, a partir da 10 ª Conferà ªncia Nacional de Saà ºde, a Comissà £o Intersetorial de Recursos Humanos do Conselho Nacional de Saà ºde iniciou a elaboraà §Ãƒ £o dos â€Å"Princà ­pios e Diretrizes para a Norma Operacional Bà ¡sica de Recursos Humanos para o SUS (NOB/RH-SUS)†. Em novembro de 1998, a primeira versà £o do documento foi divulgada pelo Conselho Nacional de Saà ºde e colocada em discussà £o entre và ¡rios especialistas convidados, na â€Å"Oficina Nacional de Trabalho sobre Recursos Humanos para o SUS†. A segunda versà £o foi publicada em maio de 2000, considerada instrumento de debate da Polà ­tica Nacional de Recursos Humanos para o SUS (BRASIL, 2005a). Sete meses depois, a 11 ª. Conferà ªncia Nacional de Saà ºde aprovou esse documento (BRASIL, 2005a), porà ©m poucos resultados foram alcanà §ados; o perà ­odo era de flexibilizaà §Ãƒ £o das relaà §Ãƒ µes, terceirizaà §Ãƒ £o de servià §os e laissez-faire na abertura de novos cursos na à ¡rea da Saà ºde, princà ­pios contrà ¡rios aos preconizados pelo SUS e pelo projeto da Reforma Sanità ¡ria (MACHADO, 2005). Em 2003, o Plenà ¡rio do Conselho Nacional de Saà ºde deliberou a aplicaà §Ãƒ £o dos â€Å"Princà ­pios e Diretrizes para a Norma Operacional Bà ¡sica de Recursos Humanos para o SUS (NOB/RH-SUS)† (Resoluà §Ãƒ £o CNS n ° 330). A 12 ª. Conferà ªncia Nacional de Saà ºde, no mesmo ano, reiterou aos gestores das trà ªs esferas de governo a imediata adoà §Ãƒ £o dos princà ­pios fixados neste documento com o intuito de reconhecer e valorizar o trabalhador, contribuir efetivamente para a criaà §Ãƒ £o de và ­nculo entre o trabalhador e os servià §os de saà ºde pà ºblica e consolidar o SUS (BRASIL, 2005a). Segundo a NOB/RH-SUS, a Gestà £o do Trabalho no SUS à © considerada como [] a gestà £o e a gerà ªncia de toda e qualquer relaà §Ãƒ £o de trabalho necessà ¡ria ao funcionamento do Sistema, desde a prestaà §Ãƒ £o dos cuidados diretos à   saà ºde dos seus usuà ¡rios atà © as atividades meio necessà ¡rias ao seu desenvolvimento. Inclui as aà §Ãƒ µes de gestà £o/administraà §Ãƒ £o em geral do trabalho; de desenvolvimento do trabalhador para o SUS; de saà ºde ocupacional para o trabalhador do SUS; de controle social da Gestà £o do Trabalho no SUS, dentre outras. (BRASIL, 2005a, p.31). Em 2003, destaca-se a criaà §Ãƒ £o da Secretaria de Gestà £o do Trabalho e da Educaà §Ãƒ £o na Saà ºde no à ¢mbito do Ministà ©rio da Saà ºde, quando o gestor federal assume o papel de formular polà ­ticas orientadoras da gestà £o, formaà §Ãƒ £o, qualificaà §Ãƒ £o e regulaà §Ãƒ £o dos trabalhadores de saà ºde no Brasil, à ¡rea considerada crà ­tica para a sustentabi lidade da ESF e do SUS. Dentre as aà §Ãƒ µes desenvolvidas pelo Ministà ©rio da Saà ºde està ¡ o Programa Nacional de Desprecarizaà §Ãƒ £o do Trabalho no SUS Desprecariza-SUS, que busca soluà §Ãƒ µes para enfrentar a precarizaà §Ãƒ £o dos và ­nculos de trabalho nas trà ªs esferas governamentais. Para formulaà §Ãƒ £o de polà ­ticas e diretrizes com o mesmo intuito, foi criado o Comità ª Nacional Interinstitucional de Desprecarizaà §Ãƒ £o do Trabalho no SUS (Portaria n ° 2.430, de 23 de dezembro de 2003). O Comità ª classifica-se como um fà ³rum de discussà £o de natureza colegiada; dentre seus objetivos, podemos citar: realizar levantamento das formas de precarizaà §Ãƒ £o do trabalho no SUS, indicar as formas legais de contrataà §Ãƒ £o e induzir nova concepà §Ãƒ £o de relaà §Ãƒ µes està ¡veis de trabalho no SUS que erradique os và ­nculos precà ¡rios e valorize o trabalhador (BRASIL, 2006). Neste foram produzidos documentos de contribuià §Ãƒ £o sign ificativa sobre o tema. As aà §Ãƒ µes supracitadas do Ministà ©rio da Saà ºde mostram seu comprometimento com a reversà £o do quadro deste tema no SUS (KOSTER, 2008). A cronologia resumida das polà ­ticas de recursos humanos em saà ºde no Brasil, apà ³s 1967, apresenta-se sistematizada no Quadro 1 (Machado et al.,1992 apud Machado, 2005). 5 precarizaà §Ãƒ £o E formas de contrataà §Ãƒ £o no SUS A definià §Ãƒ £o do que seja trabalho precà ¡rio à © diversificada. Nogueira, Baraldi, Rodrigues (2004) relataram trà ªs principais conceituaà §Ãƒ µes. Uma diz respeito à   â€Å"desproteà §Ãƒ £o social do trabalho†, onde certos direitos ou benefà ­cios trabalhistas nà £o està £o assegurados como a licenà §a maternidade, as fà ©rias anuais, o dà ©cimo terceiro salà ¡rio, a aposentadoria, dentre outros. O segundo entendimento, alà ©m de considerar a mesma situaà §Ãƒ £o anterior, acrescenta a extensà £o temporal dos contratos (duraà §Ãƒ £o curta ou bem delimitada). Por à ºltimo, sem abarcar as outras definià §Ãƒ µes, refere-se à  s situaà §Ãƒ µes onde os empregos sà £o facilmente destruà ­dos pela falta de vigor e competitividade do setor econà ´mico que os gera, definido por Girardi et al. (2007, p. 10) como â€Å"associado a condià §Ãƒ µes de trabalho de determinados setores que criam vulnerabilidade social para os trabalhadores aà ­ inseridosâ₠¬ . A Organizaà §Ãƒ £o Internacional do Trabalho (OIT) adota este à ºltimo. Os autores afirmam ainda que A forma predominante de trabalho irregular no setor pà ºblico à © aquela que decorre da contrataà §Ãƒ £o sem obedià ªncia ao requisito constitucional de concurso ou seleà §Ãƒ £o pà ºblica, qualquer que seja a modalidade de remuneraà §Ãƒ £o adotada pelo gestor, usando os recursos pà ºblicos de que dispà µe. (Nogueira, Baraldi, Rodrigues, 2004, p. 12-13). O Conselho Nacional de Secretà ¡rios de Saà ºde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saà ºde (CONASEMS) entendem que â€Å"trabalho precà ¡rio està ¡ relacionado aos và ­nculos de trabalho no SUS que nà £o garantem os direitos trabalhistas e previdencià ¡rios consagrados em lei, seja por và ­nculo direto ou indireto†, ressaltando que mesmo no và ­nculo indireto, à © necessà ¡rio garantir o processo seletivo (BRASIL, 2006). As Entidades Sindicais que representam os t rabalhadores do SUS no Comità ª Nacional Interinstitucional de Desprecarizaà §Ãƒ £o no Trabalho no SUS apontam que, alà ©m da desproteà §Ãƒ £o citada, a ausà ªncia de concurso pà ºblico ou processo seletivo pà ºblico para cargo permanente ou emprego pà ºblico no SUS tambà ©m caracterizam trabalho precà ¡rio (BRASIL, 2006). Em pesquisa realizada em 2002, com gestores e entidades representantes dos trabalhadores, 26,8% disseram acreditar que a terceirizaà §Ãƒ £o seria a via principal de acesso para os trabalhadores dos SUS nos prà ³ximos anos; outros 8,5% apontaram os contratos temporà ¡rios e precà ¡rios (NOGUEIRA, 2002). Em 2003, no Seminà ¡rio Nacional sobre Polà ­ticas de Desprecarizaà §Ãƒ £o das Relaà §Ãƒ µes de Trabalho no SUS, especulou-se que em torno de 800 mil trabalhadores possuà ­am và ­nculo precà ¡rio de trabalho, ou seja, 40% da forà §a de trabalho do setor pà ºblico de saà ºde na à ©poca (KOSTER, 2008). A publicaà §Ãƒ £o do CONASS, â €Å"Gestà £o do Trabalho na Saà ºde† (CONASS, 2007, p. 27-28), descreve os và ­nculos identificados no SUS. Como formas diretas de contrataà §Ãƒ £o dos profissionais do SUS, citaram: Servidor estatutà ¡rio và ­nculo com a administraà §Ãƒ £o do estado, ingresso por concurso pà ºblico, em Regime Jurà ­dico à ºnico. Servidor celetista subordinado a CLT, contrato por prazo indeterminado para exercà ­cio na administraà §Ãƒ £o direta, autà ¡rquica e fundacional. Regime especial/Contratos temporà ¡rios Lei n °. 8745/93, nos termos da Constituià §Ãƒ £o Federal de 1988, art.37, o contrato temporà ¡rio nà £o exige concurso, atende à  s excepcionalidades de interesse pà ºblico (por exemplo: calamidades, epidemia, vacinaà §Ãƒ £o em massa); servidores regidos pela CLT e Regime Geral da Previdà ªncia Social. Regime especial/Cargos comissionados nomeados livremente pelas autoridades para exercà ­cio de cargos comissionados; nà £o sà £o servidores efetivos. Como formas de contrataà §Ãƒ £o indireta (CONASS, 2007, p. 28-31), citaram: Terceirizaà §Ãƒ £o a) intermediaà §Ãƒ £o de mà £o-de-obra/forà §a de trabalho terceirizada, administraà §Ãƒ £o por um agente externo, mas comando do processo de trabalho atravà ©s de um contratante na rede prà ³pria do SUS; b) terceirizaà §Ãƒ £o de servià §os, podendo envolver contrato de gestà £o/forà §a de trabalho terceirizada, executa servià §os especificados em unidades assistenciais â€Å"cedidas† pelo contratante. Cooperativas a) fornecedoras de trabalho na prestaà §Ãƒ £o de servià §os de saà ºde, onde o Ministà ©rio Pà ºblico entende ferir direitos trabalhistas b) â€Å"gerenciadoras†, fornecem a forà §a de trabalho e gerenciam uma ou mais unidades de saà ºde da rede do SUS; criticadas pelos gestores por interferirem na sua governabilidade. Trabalho vinculado indiretamente por meio de Organizaà §Ãƒ µes Sociais Lei n °. 9.637/98, parte das mudanà §as legais decorre da Plataforma de Reforma Administrativa de Estado de 1995. Sà £o associaà §Ãƒ µes civis sem fins lucrativos que inovam a gestà £o pà ºblica por definirem-se como entes pà ºblicos nà £o-estatais criados para absorver atividades estatais â€Å"publicizà ¡veis† (retiradas da administraà §Ãƒ £o direta) e administrar bens e equipamentos do Estado. Atuam nas seguintes à ¡reas: ensino, pesquisa cientà ­fica e desenvolvimento tecnolà ³gico, proteà §Ãƒ £o e preservaà §Ãƒ £o do meio ambiente, cultura e saà ºde. Contratos de gestà £o com Organizaà §Ãƒ µes Civis de Interesse Pà ºblico Lei n °. 9790/99, uma Organizaà §Ãƒ £o Nà £o Governamental ONG, integrante do terceiro setor e voltadas para atividades de interesse pà ºblico; uma organizaà §Ãƒ £o da sociedade civil criada pela iniciativa privada que estabelece termos de parceria com o poder pà ºblico ao comprovar certos requisitos. Hà ¡ maior flexibilidade para a gestà £o de recursos humanos, uma vez que sua regulamentaà §Ãƒ £o prevà ª a disponibilizaà §Ãƒ £o de forà §a de trabalho para a execuà §Ãƒ £o de programas de interesse pà ºblico (incluindo os servià §os de saà ºde). Trabalho vinculado indiretamente por meio de entidades filantrà ³picas e fundaà §Ãƒ µes privadas Art. 199 da CF, consideradas parceiras do SUS atravà ©s de contrato de direito pà ºblico ou convà ªnio, podendo participar de convà ªnios de delegaà §Ãƒ £o completa de servià §os para atendimentos a pacientes ou mesmo terceirizaà §Ãƒ £o exclusiva da forà §a de trabalho de programas como a ESF. Sobre a forma de contrataà §Ãƒ £o indireta no SUS, algumas consideraà §Ãƒ µes merecem destaque. Em 1997, foi publicado o Decreto-Lei 2.271/97, que detalha alguns dos servià §os passà ­veis de serem executados por terceiros na Administraà §Ãƒ £o Pà ºblica Federal; e proà ­be a contrataà §Ãƒ £o de servià §os para execuà §Ãƒ £o indireta de atividades caracterà ­sticas de categorias funcionais que constituem Plano de Cargos do à ³rgà £o. Art. 1 ° No à ¢mbito da Administraà §Ãƒ £o Pà ºblica Federal direta, autà ¡rquica e fundacional poderà £o ser objeto de execuà §Ãƒ £o indireta as atividades materiais acessà ³rias, instrumentais ou complementares aos assuntos que constituem à ¡rea de competà ªncia legal do à ³rgà £o ou entidade. 1 ° As atividades de conservaà §Ãƒ £o, limpeza, seguranà §a, vigilà ¢ncia, transportes, informà ¡tica, copeiragem, recepà §Ãƒ £o, reprografia, telecomunicaà §Ãƒ µes e manutenà §Ãƒ £o de prà ©dios, equipamentos e instalaà §Ãƒ µes serà £o, de preferà ªncia, objeto de execuà §Ãƒ £o indireta. 2 ° Nà £o poderà £o ser objeto de execuà §Ãƒ £o indireta as atividades inerentes à  s categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do à ³rgà £o ou entidade, salvo expressa disposià §Ãƒ £o legal em contrà ¡rio ou quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no à ¢mbito do quadro geral de pessoal. (BRASIL, 1997). Neste mesmo sentido, a Decisà £o do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco n °. 1134/04, de 11 de agosto de 2004, expressa que [] a terceirizaà §Ãƒ £o somente se mostra admissà ­vel na Administraà §Ãƒ £o Pà ºblica quando se tratar de â€Å"atividade-meio†, por sua prà ³pria natureza (tais como: vigilà ¢ncia, limpeza, conservaà §Ãƒ £o, transporte, informà ¡tica, copeiragem, recepà §Ãƒ £o, reprografia, telecomunicaà §Ãƒ £o, instalaà §Ãƒ £o e manutenà §Ãƒ £o de prà ©dios pà ºblicos), e nà £o constar aquela atividade, ou funà §Ãƒ £o equivalente, no plano de cargos da entidade, sendo necessà ¡ria a ocorrà ªncia das duas situaà §Ãƒ µes [] As empresas de locaà §Ãƒ £o de mà £o-de-obra, cooperativas de trabalho, ou mesmo entidades sem fins lucrativos, nà £o podem invadir à ¡reas de atividades onde a terceirizaà §Ãƒ £o seria inadmitida, seja porque respeitam aos servià §os sociais do Estado responsà ¡veis pelos servià §os pà ºblicos essenciais, se ja porque nà £o se poderia furtar à   exigà ªncia do concurso pà ºblico, em face da existà ªncia de cargos permanentes na estrutura administrativa com as mesmas atribuià §Ãƒ µes das atividades terceirizadas, ainda que meramente acessà ³rias (e.g.: gari, seguranà §a, merendeira e motorista) [] (PERNAMBUCO, 2004) Outro ponto relacionado à  s formas de contrataà §Ãƒ £o diz respeito aos agentes comunità ¡rios de saà ºde. Em 2002, no contexto polà ­tico de flexibilizaà §Ãƒ £o do Estado, o Ministà ©rio da Saà ºde publicou o texto â€Å"Modalidade de contrataà §Ãƒ £o dos Agentes Comunità ¡rios de Saà ºde† com orientaà §Ãƒ µes que corroboravam para precarizaà §Ãƒ £o do trabalho, admitindo a vinculaà §Ãƒ £o dos ACS por formas indiretas (contrato, convà ªnio ou termo de parceria com entidades privadas). O Ministà ©rio Pà ºblico do Trabalho, em 2003, considerou que as formas utilizadas pelos municà ­pios produziam relaà §Ãƒ µes precà ¡rias. No intuito de o ferecer base legal para inserà §Ãƒ £o do ACS e disciplinar sua forma de contrataà §Ãƒ £o, em fevereiro de 2006, foi promulgada a Emenda Constitucional n ° 51 (EC 51), que estabeleceu Processo Seletivo Pà ºblico como mais uma forma de ingresso dos ACS no servià §o pà ºblico, regulamentada pela Lei n ° 11.350, de 5 de outubro de 2006. Com o intuito de orientar os gestores estaduais e municipais, o Comità ª Nacional Interinstitucional de Desprecarizaà §Ãƒ £o do Trabalho no SUS desenvolveu o manual â€Å"Orientaà §Ãƒ µes gerais para elaboraà §Ãƒ £o de editais processo seletivo pà ºblico: agentes comunità ¡rios de saà ºde e agentes de combates à  s endemias† (BRASIL, 2007b). No final de 2007, houve um amento dos incentivos repassados aos municà ­pios por agente em atividade, na ordem de 40%. O intuito era incentivar a formalizaà §Ãƒ £o dos và ­nculos trabalhistas dos ACS, considerando o alto à ­ndice de informalidade. Lima Cockell (2008/2009) acreditam qu e a maioria dos ACS nà £o tem acesso a direitos vinculados ao contrato de trabalho regular, apesar da crescente formalizaà §Ãƒ £o dos contratos. Finalizando, à © importante ressaltar que a flexibilizaà §Ãƒ £o dos và ­nculos de trabalho no SUS tem sido justificada pelos gestores como conseqà ¼Ãƒ ªncia das restrià §Ãƒ µes legais da Lei de Responsabilidade Fiscal (2000), que regulou os limites mà ¡ximos da despesa de pessoal (ativo e inativo), sendo na esfera municipal de atà © 60% da Receita Corrente Là ­quida. Os gastos com terceirizaà §Ãƒ £o nà £o sà £o calculados como despesa com pessoal. A limitaà §Ãƒ £o imposta à © tida como complicadora na expansà £o da forà §a de trabalho para cumprimento das necessidades de expansà £o da cobertura dos servià §os de saà ºde, especialmente dos programas como Saà ºde da Famà ­lia. (CONASS, 2009; KOSTER, 2008; SILVA SILVA, 2008; BARBOSA RODRIGUES, 2006) 6 Estudos sobre Và ­nculos Trabalhistas na Estratà ©gia Saà ºde da Famà ­lia A precariedade dos và ­nculos de trabalho na Estratà ©gia Saà ºde da Famà ­lia tem sido considerada como uma fragilidade do processo, sugerindo que â€Å"và ­nculos empregatà ­cios està ¡veis e legalmente protegidos favorecem a adesà £o de profissionais e a formaà §Ãƒ £o de và ­nculos com as comunidades† (BRASIL, 2005b, p. 202). Pesquisa realizada pelo Departamento de Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica/ Ministà ©rio da Saà ºde (DAB/MS), em 2002, mostrou que entre 20 e 30% de todos os profissionais das equipes (exceto tà ©cnico de higiene dental) possuà ­am và ­nculos trabalhistas precà ¡rios (BRASIL, 2004). No estudo â€Å"Saà ºde da Famà ­lia: Avaliaà §Ãƒ £o da Implementaà §Ãƒ £o em Dez Centros Urbanos† (2005), o và ­nculo de trabalho precà ¡rio foi o ponto mais discutido pela categoria mà ©dica, e tambà ©m criticado pelos enfermeiros. Gestores entrevistados acreditavam que os profissionais nà £o sà £o formados com perfil adequado para a ESF. Com is to, a seleà §Ãƒ £o pà ºblica simplificada possibilitava elaborar esse perfil, enquanto o concurso pà ºblico engessava a composià §Ãƒ £o do quadro funcional. Alguns disseram reconhecer a estratà ©gia como nà £o consolidada (BRASIL, 2005b). Estudos demonstram que os municà ­pios brasileiros utilizam và ¡rias modalidades de contratos para inserà §Ãƒ £o dos profissionais de saà ºde das equipes. Em seguida, eles sà £o apresentados em trà ªs secà §Ãƒ µes, segundo entidades responsà ¡veis: pesquisas do Nà ºcleo de Educaà §Ãƒ £o em Saà ºde Coletiva, pesquisas do Departamento de Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica e outras pesquisas. 6.1 Pesquisas da Estaà §Ãƒ £o de Trabalho da Rede Observatà ³rio de Recursos Humanos/ Nà ºcleo de Educaà §Ãƒ £o em Saà ºde Coletiva Em novembro e dezembro de 2001, a Estaà §Ãƒ £o de Trabalho da Rede Observatà ³rio de Recursos Humanos/ Nà ºcleo de Educaà §Ãƒ £o em Saà ºde Coletiva/ Universidade Federal de Minas Gerais realizou a pesquisa â€Å"Agentes Institucionais e Modalidades de Contrataà §Ãƒ £o de Pessoal do Programa de Saà ºde da Famà ­lia no Brasil†. Por meio de Entrevistas Telefà ´nicas Assistidas por Computador (ETAC), analisou-se uma amostra de 759 dos 3.225 municà ­pios brasileiros que haviam implantado o PSF atà © outubro de 2001. As categorias profissionais avaliadas foram: mà ©dicos, dentistas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, auxiliares de dentistas e ACS. No levantamento das modalidades de contrataà §Ãƒ £o dos profissionais do PSF, agregou-se as seguintes categorias: temporà ¡rio, autà ´nomo, empregado CLT, estatutà ¡rio/ Regime Jurà ­dico à ºnico e outras modalidades. Constatou-se que, de maneira geral, as formas de contrataà §Ãƒ £o temporà ¡ria de trabalho e o v à ­nculo de prestaà §Ãƒ £o de servià §os predominam sobre as demais formas de contrato, com 2/3 de và ­nculos precà ¡rios. Os và ­nculos precà ¡rios de trabalho dos mà ©dicos eram de 70%, apenas 16% dos municà ­pios contratavam via CLT, menos de 10% como estatutà ¡rio e 2,5% como servidores pà ºblicos nà £o efetivos. No caso dos ACS, hà ¡ um maior grau de formalizaà §Ãƒ £o nas contrataà §Ãƒ µes: 23% em regime celetistas, 14% estatutà ¡rios. Em relaà §Ãƒ £o à   distribuià §Ãƒ £o regional, os contratos temporà ¡rios e de prestaà §Ãƒ £o autà ´noma de servià §os sà £o mais prevalentes na Regià £o Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Na Regià £o Sul, a contrataà §Ãƒ £o direta de profissionais em regime celetista pelas prefeituras à © mais citada e, em menor escala, na Regià £o Sudoeste, onde o regime estatutà ¡rio tambà ©m se destaca. Em relaà §Ãƒ £o à   terceirizaà §Ãƒ £o dos profissionais, as Regià µes Sul e Sudeste a utilizam com maior intensidade; enquan to, nas demais regià µes, prevalece a contrataà §Ãƒ £o direta pelo poder pà ºblico municipal (GIRARDI CARVALHO, 2003). Cinco anos apà ³s a pesquisa supracitada, a Estaà §Ãƒ £o de Trabalho da Rede Observatà ³rio de Recursos Humanos/ Nà ºcleo de Educaà §Ãƒ £o em Saà ºde Coletiva/ Universidade Federal de Minas Gerais realizou nova pesquisa: â€Å"Qualidade do Emprego no Programa de Saà ºde da Famà ­lia PSF†. Foram mantidos os 668 municà ­pios anteriormente estudados e acrescidos novos 187, com o uso de metodologia semelhante. As categorias profissionais avaliadas foram: mà ©dicos, dentistas, enfermeiros, tà ©cnicos de enfermagem e ACS. As modalidades de contrataà §Ãƒ £o foram analisadas com a seguinte categorizaà §Ãƒ £o: regime estatutà ¡rio, contrato regido pela CLT, contrato temporà ¡rio e prestador de servià §o/autà ´nomo/pessoa fà ­sica. Constatou-se que o contrato temporà ¡rio à © o tipo de và ­nculo mais utilizado para as categorias profissiona is pesquisadas (exceto tà ©cnicos de enfermagem). O regime estatutà ¡rio (com exceà §Ãƒ £o dos ACS), bem como o contrato regido pela CLT sà £o mais utilizados na medida em que o porte populacional aumenta, ao contrà ¡rio da predominà ¢ncia da utilizaà §Ãƒ £o do contrato temporà ¡rio. No que se refere à   distribuià §Ãƒ £o regional, o regime estatutà ¡rio foi mais utilizado pelas prefeituras nas Regià µes Norte e Sul; o regime estatutà ¡rio, na regià £o Sudeste (com exceà §Ãƒ £o dos dentistas e ACS); o contrato temporà ¡rio, na Regià £o Nordeste e, na Regià £o Centro-Oeste, houve maior utilizaà §Ãƒ £o da categoria prestador de servià §o/autà ´nomo/pessoa fà ­sica. (GIRARDI et al., 2007). Ao compararmos dados destas pesquisas desenvolvidas pelo NESCON/UFMG (Tabela 2), à © possà ­vel observar que, apesar de o Contrato Temporà ¡rio ser o tipo de và ­nculo mais utilizado para praticamente todas as categorias, houve uma reduà §Ãƒ £o considerà ¡vel (exceà §Ã ƒ £o à   categoria dentista). Em contraposià §Ãƒ £o, os contratos regidos pelo regime estatutà ¡rio e pela CLT apresentaram acrà ©scimo percentual (neste, nova exceà §Ãƒ £o à   categoria dentista). 6.2 Pesquisas do Departamento de Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica/Ministà ©rio da Saà ºde No perà ­odo de junho de 2001 a agosto de 2002, o Departamento de Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica/Ministà ©rio da Saà ºde (DAB/MS) realizou pesquisa para o monitoramento da implantaà §Ãƒ £o e funcionamento das equipes de Saà ºde da Famà ­lia; 13.501 equipes de Saà ºde da Famà ­lia e 2.588 de saà ºde bucal foram visitadas, em 3.778 municà ­pios. Averiguou-se que os và ­nculos com os mà ©dicos, em relaà §Ãƒ £o ao total das equipes, eram de: 34,3% contratos temporà ¡rios, 15,5% prestaà §Ãƒ £o de servià §os (somadas a outras formas como bolsa, contrato informal e contrato verbal alcanà §aram um valor de 18,1%); 12,2% estatutà ¡rios e 13,2% em regime de CLT. Totalizou-se, assim, 25,4% de contrataà §Ãƒ µes està ¡veis. A situaà §Ãƒ £o dos enfermeiros foi semelhante, onde em 33,6% das equipes o contrato era temporà ¡rio, 14% por prestaà §Ãƒ £o de servià §o (que somavam quase 25,7% junto à  s outras formas de contrataà §Ãƒ £o informal), 15,2% estatutà ¡rios e 13,4% em reg ime de CLT (somando 28,6% de contrataà §Ãƒ µes està ¡veis). Quanto aos cirurgià µes-dentistas, 32,9% tinham contratos temporà ¡rios; 29,2% eram contratos por modalidades precà ¡rias ou informais de và ­nculo trabalhista e 28,8% por contrataà §Ãƒ µes està ¡veis. Entre os auxiliares de enfermagem, và ­nculos mais està ¡veis de trabalho foram mais freqà ¼entes, apresentando um percentual de 45,9%, mas 27,0% tinham contrato temporà ¡rio e 18,6% contratos precà ¡rios de trabalho. E os ACS possuà ­am em 30,2% das equipes contrato temporà ¡rio, 29,7% por prestaà §Ãƒ £o de servià §os ou formas de contrataà §Ãƒ £o informais e 23,5% por meio da CLT. Os tà ©cnicos de higiene dental, por sua vez, apresentaram a maior porcentagem de và ­nculos està ¡veis (celetista ou estatutà ¡rio) em 66,5% das equipes, e, em contrapartida, 22,9% com contratos temporà ¡rios. Por fim, os auxiliares de consultà ³rio dentà ¡rio apresentavam 28% contrato temporà ¡rio, 19,1% contratados por meio de prestaà §Ãƒ £o de servià §os ou contratos informais e 45% com và ­nculos està ¡veis (BRASIL, 2004). A anà ¡lise entre as regià µes do paà ­s mostrou padrà µes distintos. Na Regià £o Sul, e no Estado de Sà £o Paulo, a maioria dos profissionais contratados era estatutà ¡ria ou em regime de CLT. No Distrito Federal, na totalidade das equipes de saà ºde, todos os profissionais eram contratados em regime de CLT. Na Regià £o Sudeste (com exceà §Ãƒ £o do Estado de Sà £o Paulo) predominou a modalidade do contrato temporà ¡rio. Nas Regià µes Norte e Nordeste, nà £o se observou claros padrà µes regionais de contrataà §Ãƒ £o dos profissionais (BRASIL, 2004). Em 2008, o DAB/MS encomendou novo monitoramento da implantaà §Ãƒ £o das equipes de Saà ºde da Famà ­lia e Saà ºde Bucal com o objetivo de proporcionar comparabilidade com o estudo anterior (2001/2002). Os dados encontrados, em relaà §Ãƒ £o aos và ­nculos de trabalho dos profissionais das equipes, ve rificaram que os mà ©dicos apresentaram a maior proporà §Ãƒ £o de contratos temporà ¡rios (37,6%). Para os enfermeiros, observou-se 32,9% contratados temporariamente e 31,6% estatutà ¡rios. Entre os dentistas, os contratos temporà ¡rios foram predominantes (36%), seguidos de 32,7% estatutà ¡rios. Os ACS mostraram-se 33,9% estatutà ¡rios e 32,6% celetistas, um total de 66,5% de và ­nculos està ¡veis. Os auxiliares e tà ©cnicos de enfermagem foram agrupados, totalizando 38,9% estatutà ¡rios e 24,7% com contratos temporà ¡rios. Os ACD apresentaram 33,8% com contratos temporà ¡rios e 31,9% estatutà ¡rios, enquanto os THD mostraram 25,6% e 47,4%, respectivamente. Concluiu-se que os profissionais de nà ­vel mà ©dio e tà ©cnico possuem và ­nculos mais està ¡veis (CLT e Estatutà ¡rio) que os profissionais de nà ­vel superior (BARBOSA et al., 2009). Na anà ¡lise por regià £o, o Sul apresentou os melhores percentuais com 75% ou mais de profissionais com và ­nculo CL T ou estatutà ¡rio (nà ­vel superior e nà ­vel mà ©dio), enquanto a regià £o Norte mostrou os menores percentuais para este tipo de và ­nculo. O Estado de Sà £o Paulo destacou-se pelos maiores percentuais de profissionais de nà ­vel superior contratados por CLT ou com và ­nculo estatutà ¡rio, alà ©m de ser o à ºnico em que todas as categorias possuem mais de 75% dos seus profissionais com CLT e và ­nculo estatutà ¡rio (BARBOSA et al., 2009). Comparando-se os dados das duas pesquisas, houve reduà §Ãƒ £o da precarizaà §Ãƒ £o dos và ­nculos de trabalho (exceto para os mà ©dicos e THD), sendo esta menor para o cirurgià £o-dentista e ACD (equipe de Saà ºde Bucal) (Tabela 3). 6.3 Outras pesquisas Em 2002, o â€Å"Estudo sobre as formas contratuais dos agentes comunità ¡rios de saà ºde (ACS): modalidades e alternativas de contrataà §Ãƒ £o† constatou que havia 13.973 equipes de PSF e 175 mil agentes contratados. Apenas 26% dos ACS possuà ­am và ­nculos que assegurassem seus direitos sociais (4,1% estatutà ¡rios e 22% celetistas) sendo que 28,8% possuà ­am contrato temporà ¡rio (PIERANTONI PORTO, 2006). Castro, Vilar, Fernandes (2004) pesquisaram as formas de inserà §Ãƒ £o no trabalho dos ACS de duas à ¡reas regionais do Rio Grande do Norte: 06 municà ­pios que integram a Grande Natal e 16 municà ­pios com populaà §Ãƒ £o a partir de 5.000 habitantes, atravà ©s de entrevista semi-estruturada. Os contratos informais predominaram (59%) em relaà §Ãƒ £o aos contratos temporà ¡rios (41%). Apenas um municà ­pio relatou o regime celetista dos ACS. As justificativas dos gestores para a escolha da modalidade de contrataà §Ãƒ £o dos ACS nà £o sà £o unà ¢ni mes; 50% relataram a inexistà ªncia de uma normalizaà §Ãƒ £o por parte do Ministà ©rio da Saà ºde. Segundo os autores, â€Å"demonstra que boa parte da gestà £o das secretarias municipais de saà ºde ainda nà £o concebe o agente comunità ¡rio de saà ºde como uma categoria permanente () a inexistà ªncia de uma polà ­tica municipal de recursos humanos em saà ºde† (Castro, Vilar, Fernandes, 2004, p. 12). Lourenà §o et al. (2009) realizaram pesquisa atravà ©s de questionà ¡rios nos 310 municà ­pios do Estado de Minas Gerais com Equipes de Saà ºde Bucal. Destes, 53,5% responderam atà © o final do primeiro semestre de 2004. Consideraram-se quatro categorias das formas de seleà §Ãƒ £o e contrataà §Ãƒ £o: concurso externo, teste seletivo interno, credenciamento e outras formas de contrataà §Ãƒ £o. Considerando as duas primeiras como và ­nculos està ¡veis, a porcentagem foi de 33%; as demais equipes (67%) eram contratadas por outras formas, como credenciamento , indicaà §Ãƒ £o polà ­tica, nomeaà §Ãƒ £o, licitaà §Ãƒ £o, terceirizaà §Ãƒ £o, contratos por cooperativas, contrato temporà ¡rio, contrato de prestaà §Ãƒ £o de servià §os, etc. Os autores relataram semelhanà §a aos dados da pesquisa do DAB 2001-2002, onde 70,9% dos dentistas eram contratados por và ­nculos temporà ¡rios ou prestaà §Ãƒ £o de servià §os (LOURENà §O et al., 2009). Carvalho et al. (2006) realizou pesquisa que tambà ©m apresentou dados sobre os và ­nculos dos cirurgià µes-dentistas e atendentes de consultà ³rio dentà ¡rio (ACD) do PSF. Foi realizada em 834 municà ­pios brasileiros por meio de ETAC. Os resultados apresentados foram semelhantes à  s pesquisas anteriores, demonstrando que a maior parte à © contratada por meio de prestaà §Ãƒ £o de servià §o/autà ´nomo, com apenas 38,2% concursados. O và ­nculo estatutà ¡rio foi predominante nos municà ­pios de maior porte; situaà §Ãƒ £o inversa à © encontrada em relaà §Ãƒ £o à   predominà ¢ncia do và ­nculo de prestador de servià §os/autà ´nomo. As Regià µes Nordeste e Centro-Oeste tiveram o menor nà ºmero de municà ­pios com dentistas concursados. No caso dos ACD, 40% apresentaram-se como efetivos; uma menor freqà ¼Ãƒ ªncia foi relatada na Regià £o Nordeste (CARVALHO et al., 2006) Barbosa Rodrigues (2006) relatam que o 1 ° Censo de Recursos Humanos da Atenà §Ãƒ £o Primà ¡ria à   Saà ºde do Estado de Minas Gerais (2006) realizou entrevistas com checagem via telefone dos dados, abordando os và ­nculos trabalhistas dos profissionais de saà ºde da Atenà §Ãƒ £o Primà ¡ria, assim categorizados: CLT, autà ´nomo, contrato administrativo (contrato por tempo determinado) e terceirizado. Nas equipes de Saà ºde da Famà ­lia, 63% dos profissionais apresentaram como preponderante o contrato administrativo, chegando a 66,1% na categoria dos profissionais mà ©dicos. O modelo convencional de APS apresentou um maior và ­nculo estatutà ¡rio dos profissiona is (51%) (BARBOSA RODRIGUES, 2006). 7 CONSIDERAà §Ãƒ µES FINAIS Como observado nos muitos estudos, a precariedade dos và ­nculos de trabalho està ¡ presente em todas as categorias profissionais das equipes de Saà ºde da Famà ­lia e ESB, desde o ACD atà © o mà ©dico. Por outro lado, notou-se uma diminuià §Ãƒ £o dos và ­nculos precà ¡rios e aumento de và ­nculos està ¡veis (estatutà ¡rio e regidos pela CLT) nas Secretarias Municipais de Saà ºde, principal agente de contrataà §Ãƒ £o dos mesmos. Apesar de haver pesquisas nacionais que traà §am um panorama da situaà §Ãƒ £o dos và ­nculos de trabalho, deve-se considerar a necessidade de um sistema de informaà §Ãƒ £o nacional que possibilite acompanhar mais sistematicamente as informaà §Ãƒ µes dos municà ­pios. O Comità ª Nacional Interinstitucional de Desprecarizaà §Ãƒ £o do Trabalho no SUS com suas aà §Ãƒ µes promovidas pelo Governo Federal em articulaà §Ãƒ £o com CONASS, CONASEMS e entidades de representaà §Ãƒ £o de trabalhadores de saà ºde tem se apresentado como fà ƒ ³rum crucial para debater possà ­veis soluà §Ãƒ µes para os desafios ainda vigentes dentro do tema. A diversidade de và ­nculos dos profissionais de saà ºde pode ser associada com a forma em que se deu a descentralizaà §Ãƒ £o do SUS. Alà ©m das mà ºltiplas realidades municipais, houve demandas polà ­ticas e restrià §Ãƒ µes jurà ­dico-legais que propiciaram esta diversidade. As polà ­ticas de gestà £o do trabalho devem, portanto, abordar aà §Ãƒ µes focalizadas e soluà §Ãƒ µes governamentais intersetoriais do Legislativo e Judicià ¡rio, de modo a respeitar aspectos geogrà ¡ficos, sociodemogrà ¡ficos, culturais, econà ´micos e polà ­ticos. Com os incentivos do Governo Federal, hà ¡ previsà £o de um crescimento do nà ºmero de equipes na Estratà ©gia Saà ºde da Famà ­lia, gerando novos empregos. Portanto, diante desta previsà £o e do quantitativo expressivo jà ¡ existente, ressalta-se a necessidade de refletir sobre a inserà §Ãƒ £o destes profissionais , e desenvolver polà ­ticas especà ­ficas na à ¡rea da gestà £o do trabalho. A instabilidade dos và ­nculos pode interferir na consolidaà §Ãƒ £o da estratà ©gia adotada pela atual Polà ­tica Nacional de Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica. Alà ©m disto, os và ­nculos interferem na satisfaà §Ãƒ £o dos profissionais. Trabalhadores mais satisfeitos prestariam servià §os de maior qualidade à   populaà §Ãƒ £o, colaborando para implementaà §Ãƒ £o do sistema. Referà ªncias Bibliogrà ¡ficas BARBOSA, A. C. Q. (Coord.) et al. Saà ºde da Famà ­lia no Brasil: situaà §Ãƒ £o atual e perspectivas Estudo Amostral. Relatà ³rio Final. 1. ed. 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Dià ¡rio Oficial [da] Repà ºblica Federativa do Brasil, Brasà ­lia, DF, 09 de julho de 1997. BRASIL. Ministà ©rio da Saà ºde. Secretaria de Atenà §Ãƒ £o à   Saà ºde. Departamento de Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica. Avaliaà §Ãƒ £o normativa do Programa Saà ºde da Famà ­lia no Brasil: monitoramento da implantaà §Ãƒ £o e funcionamento das equipes de saà ºde da famà ­lia: 2001-2002 / Secretaria de Atenà §Ãƒ £o à   Saà ºde, Departamento de Atenà §Ãƒ £o Bà ¡sica. -Brasà ­lia: Ministà ©rio da Saà ºde, 2004. BRASIL. Ministà ©rio da Saà ºde. Conselho Nacional de Saà ºde. Princà ­pios e diretrizes para a gestà £o do trabalho no SUS (NOB/RH-SUS). Brasà ­lia: Ministà ©rio da Saà ºde, Conselho Nacional de Saà ºde, 2005a. BRASIL. Ministà ©rio da Saà ºde. Fundaà §Ãƒ £o Oswaldo Cruz. Saà ºde da Famà ­lia: avaliaà §Ãƒ £o da implementaà §Ãƒ £o em dez grandes centros urbanos: sà ­ntese dos principais resultados. 2 ed. Rio de Janeiro: Fundaà §Ãƒ £o Oswaldo Cruz, 2005b. BRASIL. Ministà ©rio da Saà ºde. 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Acesso em: 02 jan. 2010.

Friday, May 29, 2020

Gouta Language Level English Essay Samples

Gouta Language Level English Essay SamplesThe official name of the specific programming language utilized by numerous sites today is, generally, the GNU Go. It is a PC programming language, which is being embraced by numerous organizations these days. The chief explanation behind this is the GO code is an expansion of Go programming language and it very well may be utilized effectively with the C, C++, Java and even C#.Most of the locales, which are accountable for giving the projects, depend on the particular programming to help them on their work. Some of them utilize the projects just for a brief timeframe and some of them return to the first ones sooner or later. This is without a doubt so the case with the organizations which are occupied with giving different sorts of administrations to various customers.The programming is very not quite the same as the regular PCs and a wide range of approaches are utilized so as to accomplish the outcome wanted. The directions utilized by the product to start with were expected to be taken a shot at just when they had to do with the particular projects which had been made for the specific capacities. Yet, as the years cruised by, it was discovered that the guidelines utilized in the Go programming language were more broadly pertinent than what they had been proposed for.People who had planned to chip away at these directions could do as such after they had experienced certain desires. This brought about the product being utilized by practically a wide range of individuals. That is the reason the programming language is known to be the Go language and the overall population generally thinks about it today.The GO language has been made accessible through the product and the directions are not that difficult to comprehend. These guidelines are not quite the same as those utilized by the traditional dialects, yet the code utilized by the product is currently extremely simple to peruse and to type.The Gouta as the name infer s, which is the name of the organization which supplies the program is known to give the product in a few renditions are given to satisfy the various needs of the clients. The more current forms additionally fluctuate from each other and the work doesn't generally change when these progressions are made.The projects can be downloaded from the site and the client may require to run it on the Linux stage. It is this component that makes the product incredibly helpful to the organizations that utilization it.

Tuesday, May 26, 2020

What Are the Best Essay Examples With Author?

<h1>What Are the Best Essay Examples With Author?</h1><p>If you are intending to compose an exposition for school or a college test, you should begin searching for paper tests with writer. This kind of reference guide can assist you with bettering see how to compose your own paper and ensure that it is composed correctly.</p><p></p><p>First, you have to comprehend what this asset is. A writer asset is one that will give you a rundown of various writers to compose a paper for and the subject. You will likewise have the option to discover some example papers that you can use to compose your own exposition. The vast majority of these assets contain this data in a simple to understand group with the goal that anybody can utilize it easily.</p><p></p><p>If you will compose an article, you ought to compose a great deal of expositions, however you have to realize how to compose your own paper. The most ideal approach to do th is is to discover an asset that has a rundown of various writers and the subject of your paper. A few instances of such assets include:</p><p></p><p>These assets will help you a ton to compose your article as it is composed by various individuals and has various sentiments. You can likewise get free examples of expositions and other composition for nothing on the web. These locales have no cash associated with them and are totally free.</p><p></p><p>Essays ought to be composed by the style of the writer, yet there is no set in stone with regards to the substance. You should attempt to make your paper one of a kind and unique with the goal that it has its own style and advance. You can even make your exposition increasingly close to home in the event that you need to add an individual touch to it.</p><p></p><p>It can be hard to compose your own paper, yet on the off chance that you can discover an asset that has numerous instances of papers and has them in a simple to utilize position, you will have the option to compose better and quicker. This asset will likewise assist you with composing the most ideal paper. In the event that you don't care for the styles utilized by the writers, you can just utilize the models and compose a superior exposition utilizing your own style.</p><p></p><p>You ought to pick the correct subjects for your article. The greater part of the exposition tests that you discover online won't have a similar subject. Nonetheless, on the off chance that you can discover a paper test that has a similar point and composing style, you can utilize this asset to assist you with composing your article too. Typically, these assets have various themes that you can pick from.</p><p></p><p>You should realize what assets to search for when searching for article tests with writer. The greater part of these assets will accompany various classes that you can browse. This will assist you with choosing the points that are directly for your article and ensure that it is finished correctly.</p>

Sunday, May 24, 2020

Evaluative Essay Topics - Where to Find Them

Evaluative Essay Topics - Where to Find ThemThe main thing that you need to remember is that you can include a number of evaluative essay topics. You just need to know where to find them and how to write them in a way that will give your student a better chance of completing them.When writing an essay, it is important to have a key point in every one of them. These points will get you through the rough times and help you get to the easier parts of the assignment. However, if you want your student to put their thoughts into words you need to be able to find the right way to present those thoughts.One good way to help you with this is to first think about the audience for the essay and see what areas they might be interested in. After that, come up with a few topics that would appeal to them. If you do this, you will be able to use the examples from other topics that you have and make them fit well together.As well as evaluating the evaluative essay topics you might also consider takin g your student to an event or activity that is a little bit out of the ordinary. This could help them put their thoughts in some kind of context that they might not normally put them in. It could also lead them to start thinking about the questions that they have been asking themselves all along.You might also want to go and visit a museum or look at some fine art work, if you are studying these things and it is relevant to the evaluative essay topics that you have planned. Many students enjoy visiting museums and fine art galleries. They can pick up a new perspective on things and maybe put things into their own perspective as well.Writing a good essay is all about having the right tools to use and being able to get through it without too much trouble. Evaluative essay topics need to have some real content in them but need to be told in such a way that they don't seem too difficult to complete. Being able to make something this simple look so easy is hard work but it does happen so metimes.After your student has completed their evaluation, you need to remember that they probably have little knowledge of what is going on in their lives and that you should be able to convey it in a way that will be easy for them to understand. They might be a little unsteady on their feet, but they will get there one day. You just need to know where to look for them.It will be worth your while to research some of the most famous writers who have written about evaluative essay topics. You might find that the materials that you have on hand are inadequate to get your student through the most difficult part of their assignment. Then, you could always purchase more of them to make sure that your student has the best possible chance of completing it.

Saturday, May 23, 2020

How To Write Effective Forensic Science Research Paper Ideas

How To Write Effective Forensic Science Research Paper IdeasWith the increase in demand for scientific and technological expertise and research in the legal field, many universities and institutes are now offering great opportunities for students with forensic science research paper ideas. This field of study involves the analytical process of various aspects of DNA, which can be used in the courtrooms to identify suspects, recover lost or stolen property, solve crimes, and exonerate criminals.Due to its growing importance, there is a growing need for forensic science research paper ideas. Although some students may be well versed in this field, due to the time pressure they may have a hard time coming up with their own ideas. Many students may not even be aware that the topics that fall under the specialization of forensic science may be quite varied and that they would require unique concepts and approaches to tackle them.A good idea is to analyze the manner in which the topic of D NA science has changed over the years. Research paper ideas need to be broad and comprehensive, since it involves a specific material. The article needs to present data that will be analyzed by the students and presented in an outline form. This means that the students should also have some ideas on how they will use the collected data in their paper.There are many different aspects that can be brought out in a forensic research paper. It may be the analysis of the DNA samples, the linking and matching of all the samples using the DNA technology, the identification of the criminal, and more. This will help the students to present the results of their research. By including different scientific methods and technologies, these ideas may appear more relevant to the court, which can be useful in the future.The genetic material extracted from the crime scene must be properly handled. The student should also know that certain samples of the samples can only be submitted for forensic DNA a nalysis after the analytical procedure is completed. It may also be done through testing the samples of the suspect by themselves. Only the findings made in the court room can be utilized for a conviction in this case.When researching on science research paper ideas, students need to be clear about the subject they want to write about. Different topics will come with different facets that the student needs to take into consideration. The topics can range from forensic medicine, forensic pathology, to DNA analysis. The development of new technologies in these fields also affects the law and the lives of its citizens.As more scientific developments and ideas to enter the mainstream, it is important that students stay abreast of them. Many of the older concepts may have been adopted by more recent developments in the field. This can be a challenge for students, especially those who are used to doing most of their work in their spare time. It can also prove very helpful in making a thes is to complete the project on time.As the overall level of professionalism in this field increases, it is imperative that a student has knowledge on the latest developments in the field. It is also important that students are able to relate to the subjects they are dealing with, which is one of the many benefits of research paper ideas. It would also help the students to gain some insight on the field as a whole.

Friday, May 22, 2020

Physics Word Problem Solver - Makes Your Child Better at Math With a Physics Word Problem Solver

<h1>Physics Word Problem Solver - Makes Your Child Better at Math With a Physics Word Problem Solver</h1><p>A material science word issue solver is a convenient little gadget that permits a kid to effectively and precisely take care of physical science word issues. The procedure should be possible on any age level, however they are progressively powerful for basic youngsters, since it centers around the structure of the issue itself.</p><p></p><p>There are a wide range of sorts of material science word issue solver that you can browse. A significant number of them seem to be comparative however may not work a similar way. While picking one, you should think about a few elements, for example, what sort of issue it is, what number of hints there are, what kind of pieces of information are utilized and what number of answers are required to unravel the problem.</p><p></p><p>You can discover a material science word issue s olver at a school or on the web, contingent upon which sort of gadget you need. There are even units that contain this gadget, yet comprehend that the issue might be illuminated online without seeing the physical thing, so some level of incredulity is required. There are likewise numerous guardians who accept that the gadget itself can enable the youngster to learn and prevail in school, or that it is only a great device for playing games.</p><p></p><p>One thing that you should consider when purchasing a material science word issue solver is in the event that it is genuinely valuable. Does it give a kid some thought regarding what is expected to take care of the issue? Does it show the youngster the ideas driving math? Will the youngster have the option to tackle the issue rapidly and precisely, without unnecessarily squandering time?</p><p></p><p>This gadget can be helpful at various levels. In the event that your kid is simply beginn ing to pay attention to math, at that point this can assist them with accomplishing a superior grade.</p><p></p><p>If your youngster is a lot more seasoned, has something other than a passing enthusiasm for math, and has issues with math, at that point they should consider getting a material science word issue solver for themselves. They will learn more in a brief timeframe, on the grounds that they can quickly observe the trouble of the problems.</p><p></p><p>If you are purchasing a material science word issue solver for yourself, ensure you search for one that shows your youngster the nuts and bolts of taking care of issues in material science. Ensure the gadget can not exclusively do essential figurings, however that it can likewise show the understudy the numerical ideas they are learning, so they can get a handle on the idea and comprehend it better.</p><p></p><p>Keep as a primary concern that on the off ch ance that you don't know about whether a material science word issue solver will be valuable, or what it can really accomplish for your youngster, at that point you should buy it. It will even now be getting your kid out in the long run.</p>

Wednesday, May 20, 2020

College Essay AboutLanguages - Tries to Write Excellent One!

<h1>College Essay AboutLanguages - Tries to Write Excellent One!</h1><p>If you're composing a school paper about dialects, you're most likely very learned around at least one dialects. In the event that you can write in English, a smart thought is to discover approaches to expound on what you know and what you don't have a clue. A large portion of us have had a couple of months or long stretches of educating at a nearby college, and we as a whole need to find out about what goes on inside the homerooms just as those outside.</p><p></p><p>In my case, I have four little girls who are preparing to graduate. Along these lines, it's me as well as the entirety of my family in my life. As they get more established, they begin taking classes to improve their English. The one thing that I've seen is that when they're doing their school papers, they despite everything need assistance from me, since I haven't showed them enough yet. In any case, there i s a ton that they do think about my local language of Spanish, and their way of life and customs.</p><p></p><p>For one school article, how about we take a gander at my first decision of subject: phonetics. My thought was to look at the different sorts of dialects on the planet, and I needed to incorporate phonetics, morphology, and the historical backdrop of dialects in the conversation of my school exposition. This included such things as how a few words are framed and what number of dialects there are today, notwithstanding the future.</p><p></p><p>To start, I realized what sorts of dialects were viewed as the works of art, which I characterized as 'those whose soonest recorded utilizations incorporate their most punctual references to composed dialects.' Then I attended a university and read about the various kinds of dialects, including Romance, Anatolian, Germanic, Chinese, Japanese, etc. I additionally found out about how there a re various tongues, and I got the possibility that a few dialects are simpler to learn than others. At the point when I was finished with such an excess of perusing, I realized my school article would concentrate on these dialects. Furthermore, I think I succeeded.</p><p></p><p>However, this was just the start of the examination that I expected to do, and that drove me to get familiar with a great deal about the various strategies for showing understudies dialects. I found out about morphosyntax and the hypotheses behind it, just as word division. I found out about the contrasts between the English and the Spanish language. I likewise became more acquainted with the various methodologies understudies can take to become familiar with another dialect, including drenching strategies, just as different techniques that permit understudies to hear and utilize the language.</p><p></p><p>As far as the school exposition is concerned, I had the option to plot the recorded contrasts among dialects, and afterward I portrayed how a portion of these dialects, (for example, German) have influenced society, which I contrasted with the quantity of organizations in the United States that are presently possessed by settlers. I found out about the various dialects for government and trade, and I additionally got the chance to look at English and Spanish. In the wake of talking about the social changes, I went into the various methodologies understudies should take in learning another dialect, including that they can decide to go to a language school. Additionally, some understudies have been taught in a second language.</p><p></p><p>When I was composing the school paper about dialects, I did a ton of research, and I found that practically any undergrad could expound on this point. It doesn't make a difference in case you're American, Canadian, British, or whatever. All you have to know is that you ought to ge t to the base of your understudy's paper, and that you need to ensure that you're doing everything that is referenced in the textbook.</p><p></p><p>Of course, this is only one school exposition about dialects that I have composed, yet I accept that you can apply what I've said to any article that you compose. Ensure that you compose plainly, and that you give instances of how the hypothesis applies to your particular circumstance. You may even need to become familiar with a subsequent language to better your odds of being employed for an interview!</p>

Saturday, May 16, 2020

Prescription Drugs And The United States - 1489 Words

Illegal drugs such as Heroin, Cocaine, and Meth, along with countless other narcotics place a heavy burden on the population of the United States, with an emphasis of distress on the youth. These drugs are extremely deadly. In 2014, 17,465 people died from overdoses in the United States alone. These drugs are illegal, and evidently for a very good cause. Transition The only problem is that there is an even deadlier factor that exist in today s modern society, and that problem exists in the form of prescriptions written to millions of people each year from certified and legal doctors. In 2014 the same year stated above, 25,760 people in the United States died from overdoses from drugs that they received legally and often with good intentions, from family doctors that they know and trust (Bellware). That is over 8,000 more people dying from prescription drugs compared to illegal drugs. Prescription drug abuse is a problem in the United States and it is fueled by famous individuals, pro motions by pharmaceutical companies and by doctors. When patients are prescribed to a medicine for low amounts of pain, they are usually prescribed daily use of anti-inflammatory pills such as ibuprofen or tylenol. For more severe pain, patients are often prescribed these pills in higher dosages, or even prescribed opiates such as vicodin or oxycontin (Meisel Perrone). Anti-inflammatory pills are not as powerful as drugs such as opioids, but they present the risk of cardiovascular problemsShow MoreRelatedPrescription Drugs And The United States1749 Words   |  7 PagesAccording to IMS Health (2015) over 4.3 billion prescription drugs were dispensed in the United States and Narconon (2015) reports that the decade ending in 2008 saw a four hundred percent increase in people seeking treatment for opioid addiction. Prescription drug abuse is an epidemic that transcends all socioeconomic boundaries in our society and is destroying lives, families, and whole communities, especially tho se most vulnerable; the physically and mentally ill. For one to better understandRead MorePrescription Drugs And The United States Essay2310 Words   |  10 PagesThe United States spends more money on prescription drugs than any other industrialized country. In 2013, the United States spent $858 per capita compared to the average of $400 for 19 industrialized countries (Kesselheim, Avorn, Sarpatwari, 2016). Prescription drug costs have significantly increased in recent years: from 2013 to 2015, prescription drug net spending increased to about 20%, which surpassed a forecast of an 11% increase (Kesselheim et al., 2016). Prescription drugs amount to 17%Read MoreDrug Policy, Prescription Drugs, And The United States1393 Words   |  6 PagesOne of the greatest problems we face in America today is the use and abuse of drugs in our country. It is important to find a solution that works within our country to combat the growing populations of our nation’s prisons, keep the supp ly of drugs under control, and have adequate prevention programs in place to help people who need treatment. Throughout reading the material for this course and the research conducted on the topics described in this paper, it is clear that the methods used in earlierRead MoreAdvertising Prescription Drugs And The United States1021 Words   |  5 PagesIf you have ever watched TV in America you are aware of â€Å"direct-to consumer (DTC) advertising for prescription drugs. These are ads provided by drug companies in the intent to educate the general public on the benefits of their product. They often feature celebrities or catchy cartoons with very healthy satisfied patients. This type of advertising of prescription drugs is unique to the United States. It was one of only two countries that allows DTC advertising. New Zealand is the only other developedRead MoreEssay on Prescription Drugs and Drug Abuse in the United States1751 Words   |  8 PagesWith access to prescription dr ugs, people are able to treat a multitude of diseases and illnesses. These drugs help deal with pain, inability to sleep, depression, and much more. Every day we are increasingly living in a world where there is better living through chemicals. However, what most do not seem to see is the rising tide of pain, illness, and ultimately death being caused by the pills people take every day. Most keep drugs in a special place in their minds, where they see them as harmlessRead MorePrescription Drugs And The United States And New Zealand1719 Words   |  7 Pages Prescription for Danger Lorraine Yahne ENG 122 Composition II Instructor MacDonald September 15, 2014 â€Æ' Direct to Consumer Advertising There are only two countries that allow advertising of prescription drugs to consumers; the United States and New Zealand. Direct to consumer advertising (DTCA) is what they call the prescription drugs advertisements that are made specifically for the consumer. Pharmaceutical companies survival depends upon a gullible public buying what they are sellingRead MorePrescription Drug Abuse And The United States With Students2605 Words   |  11 Pages Running Head: Prescription Drug Abuse Prescription Drug Abuse in the United States with students Vikash Patel Wayne State University Prescription drug abuse among college students have increased over the past few years and is now a national problem. College students are abusing stimulant prescription pills just to stay awake to study and they will abuse the prescription pills just to stay awake to socialize with friends. According to the journal of Human Behavior in the Social EnvironmentRead MoreDirect Consumer Pharmaceutical Advertising : Looking For The Future1261 Words   |  6 Pagesshape, or form encountered pharmaceutical advertising nearly everyday of your life. In the United States, pharmaceutical advertising has presented several concerns to consumers. Steps should be taken to reduce the negative effects of these types of advertisements. Direct-to-consumer (DTC) advertising, such as the TV commercials or magazine ads you see telling you to â€Å"ask your doctor if such-and-such drug is right for you†, and its possible consequences has recently come under scrutiny. This aspectRead MoreMylan Faces Scrutiny Over Epipen Increases1968 Words   |  8 Pagesmillion prescriptions for the product were written last year, according to IMS Health. The harsh criticism from the public and the government have taken its toll on Mylan, as stock prices have fallen. Top members of both the Republican and Democratic parties have heavily criticized Mylan, including the Democratic presidential candidate, Hillary Clinton. Some have even called for investigations. The American Medical Association called on Mylan to limit the â€Å"exorbitant costs† of the drug. Mylan hasRead MorePrescription Drug Abuse And Prescription Drugs1487 Words   |  6 PagesPrescription Drug Abuse Prescription Drug Abuse has increased in an alarming rate over recent years! Prescription drug related deaths now outnumber those from heroin and cocaine combined. The abuse in prescription drugs in America goes back more than a hundred years ago. Prescription drug abuse is the use of a medication without a prescription, in a way other than prescribed, or for the experience or feelings elicited. Although prescription medications are intended to help individuals, they can

Wednesday, May 13, 2020

How to Write Custom Tags for a Website

<h1>How to Write Custom Tags for a Website</h1><p>Writing custom labels for a site is a great deal of fun, and it can really make your plan work somewhat simpler. Here are a few hints for custom labels that can assist you with benefiting as much as possible from your design.</p><p></p><p>Choose your words cautiously. There are numerous words that you can look over when making labels. One of the most widely recognized words that you should utilize is a picture, which permits you to put a photograph of something on your tag and make it additionally intriguing to the readers.</p><p></p><p>Use catchphrases in your labels. The catchphrases are significant when composing labels for a site, since it tells the perusers what precisely is being referenced on your page. Probably the best thing about catchphrases is that they are unmistakable, with the goal that your guests will recognize what precisely you are attempting to state . On the off chance that you do exclude them, you'll end up with a non-existent posting for your page on the inquiry engines.</p><p></p><p>Order your words. When making labels, it's imperative to arrange your words in the request that they will be perused. This can make your labels substantially more engaging your perusers, since you have minimal possibility of your content being messed up.</p><p></p><p>Use a blend of text styles. Since such huge numbers of website specialists use Microsoft textual styles on their structures, they regularly overlook that individuals like to peruse the content with no interruption. So it bodes well to utilize textual styles other than the Microsoft text styles, for example, Arial or Courier New. Along these lines, you can in any case get the picture or data out of your labels, however it won't influence an over the top interruption to the reader.</p><p></p><p>Always attempt to ab stain from utilizing extremely difficult to understand text styles. Numerous individuals recognize what words and pictures resemble and will skirt a tag if it's too difficult to even think about reading. The more troublesome your labels areto read, the more outlandish your perusers will make it to your site. You need your labels to be anything but difficult to peruse so your perusers make it to your webpage, rather than perusing the tag instead.</p><p></p><p>All on the whole, making labels for a site is an extremely fun and imaginative activity. There are numerous incredible tips for composing custom labels, and these tips should assist you with composing the labels that you have to benefit from your design.</p>

The Hidden Truth About Flue Essay Samples

<h1> The Hidden Truth About Flue Essay Samples </h1> <p>Vaccines likewise have been shown to cause cold-like side effects, wheezes, migraines and here and there even fevers. The immunization was bought by the USA government to be conveyed by general wellbeing authorities if essential. For people to decide if the flu antibody is best for them or their families, they should comprehend some of the basics about flu infections. By and large, the trial influenza antibody wasn't incredible concerning its outcome on females. </p> <p>Flu makes gentle serious disease and on occasion even outcomes in death. This season's cold virus is very infectious. At the outset, it can impersonate a typical virus. Pandemic influenza varies from occasional influenza, it's an overall malady episode that typically happens when an influenza strain new to people rises and causes broad disease. </p> <p>If your manifestations leave, and after that return a day or two later you may have an optional contamination. Fledgling influenza side effects in individuals can fluctuate. In spite of the fact that it is a rarity indeed that the infection is moved to individuals looking like pig influenza, and when all is said in done individuals today can deliver antibodies to stop the advancement of the flu, the occurrences of the zoonotic pig influenza have turned out to be run of the mill in ongoing decades. Flu infection causes influenza by and large. </p> <p>Students need to form expositions dependent on the educator's guidelines or their favored style recorded as a hard copy. While attempting to see how to compose an influential article bit by bit, they disregard another basic action. Secondary school, school, and some of the time even college understudies from all around the globe are composing convincing expositions. There are a great deal of convincing paper models un derstudies can utilize on the web. </p> <p>The achievement of the whole paper legitimately relies on how great you present the supporting realities. In about every single secondary school, your ability of composing this sort of paper will be assessed in class. Ordinarily, this sort of exposition works as a reflection on an occasion that occurred in your life and moved it some way or another. Composing a paper is an indispensable job in academe life. </p> <h2> A Startling Fact about Flue Essay Samples Uncovered</h2> <p>Debate about the nearness of man influenza has been around for a serious long length of time. The nasal shower never should be directed to ladies that are pregnant. A man Flue exists since considers have demonstrated that men are fairly progressively helpless against the pipes as opposed to ladies. </p> <p>Your sections don't interface each other's significance and the entire idea of your article may be limitless. When you choose the subject and pick the situation on which you will base your exposition, the rest of the activity would then be able to start. </p> <p>As you as of now observe from the previously mentioned convincing exposition tests, these sorts of papers can be very extraordinary. At that point, it will be required to pick a theme for your very own article, and after it, you will be set up to create your paper.</p> <p>Essay composing is generally polished is schools. To genuinely convince an individual in your powerful article, you should be smoooooth. Accept our thing of guidance and compose your very own exposition in 5 sections. </p> <p>There's no perfect arrangement about how to make a compelling paper. Repeat your proposal, sum up the chief focuses which you've expressed in body passages and leave your peruser with a particular feeling, in light of the subject of your paper. The starting section is maybe the most huge passage in the paper since it's the underlying and potentially last chance to create an impact on the peruser. </p>

Sunday, May 10, 2020

What Is An Art Essay Sample?

What Is An Art Essay Sample?An art essay sample, often referred to as an art essay, is the document from which essays are constructed. Essays may be based on readings, journals, drawings, or photos.The content of an art essay is a subjective and abstract expression of a particular subject. It is interesting to look at the art essay sample to see how the writing style is as different as it is. The article contains subjects ranging from urban legends to animal design. The words or phrases used are personal, even shocking to some of us.Most of the essays included in the sample can be found online. These essays make the subject matter very familiar to the reader. One essay, entitled 'An Exploration of Traditional Costume from the Ancient Times to Modern Times,' includes a re-creating of an old costume piece, which is described as a 'scarf worn by Egyptian women.'Of course, this popular pastime or sport has always been a part of the history of mankind. We know that there was a time when p eople were very superstitious about scarves. In the middle ages, scarves were wrapped around objects like swords or staves to protect them from evil spirits. Over time, they came to be used to cover the human body.Another one that we find in the sample is a story that is based on a book called 'Urban Legend of the 'Shepherd Boys.' ' It is based on the folklore of the native American Indians and tells the story of a shepherd boy who discovers a strange rock with a face carved into it.This piece is not an urban legend or movie, but a real story that was told by real people who lived in the east, and its main subject is the life of William Clark, a gambler's gambler. The writer, or the writer who wrote the essay, was inspired by his own experiences in his casino days. He then added a slight touch of his own twist on the tale to give it the final form it has today.A lot of the essays on the art essay sample were written by a group of students at the school. They all wanted to use this e ssay sample for a project that would be a collaborative effort between students. Instead of going through the content and writing about their own projects, the entire group took turns submitting the essay for approval.The art essay sample includes a mixture of elements of humor, creativity, reality, and truth. With the use of that many words, it is difficult to say what the story really is. If you think about it, it seems more like a fiction than something that is factually true.